Obrigada pelas sugestões JC_PT! Vou mesmo ter que experimentar com o pêssego. Depois conta como correu a tua sangria de espumente, ok?!

Correu lindamente Raposa!
Adaptei ligeiramente a tua receita inicial, e incluí os seguintes ingredientes:
.Amoras silvestres (em lugar dos morangos, colhidas recentemente - Sorte!)
.Pêssegos brancos
.Maçã verde
.Limão
.Lima
.Açúcar mascavado
.Espumante meio-seco
.Hortelã
Retirei a canela e os morangos, que foram trocados por amoras silvestres (apanhadas à beira do caminho) e pêssegos-de-roer. Troquei o espumante doce (que me parece ter uma doçura demasiado sintética para o meu gosto) por um meio seco da Raposeira, que é bastante bom e incrivelmente barato.
Macerei 3 pêssegos, descaroçados mas com casca, com um pouco de açucar mascavado (dos pacotes transparentes da Sores, 1,5€ de açucar excepcional). Tirei do saco 3 quartos das amoras que apanhei, à beira de um caminho (a Natureza ainda tem surpresas destas, quando nos decidimos a deixar os carros e andar um bocadinho a pé), lavei-as e juntei ao preparado. Dois limões e uma lima descascados e uma maça verde, tudo cortado em cubos.
Macerei até formar um polme de cor linda - mérito para as amoras, que eram dulcíssimas e retintas, em tons de roxo a vermelho vivo, como se fossem pintar um quadro do Malangatana.
Deitei o espumante, juntei o resto das amoras inteiras, cortei mais uma maçã e um pessêgo em cubos - só para enfeitar, rectifiquei de açucar e deixei tudo a descansar no frigorífico com umas folhinhas de hortelã rasgadas.
Ao fim de uma hora, e num copo cheio de pedras de gelo, lá bebi uma das melhores sangrias de espumante de que tenho memória.
Os limões, e a lima, cortam um pouco da base açucarada do pêssego e das amoras e fazem uma experiência agridoce que posso considerar única. A maçã dá o toque de secura (o trabalho que é deixado ao gin na sangria tinta, aqui muito mais saudável) tão necessário numa bebida de verão.
O espumante faz o trabalho de carbonatar a bebida tornando-a fresca ao palato.
Tenho pena de não ter à mão uma máquina fotográfica digital; o aspecto final da sangria era fenomenal.
Como calculava pela experiência dos Bellinis, a base de pêssego com espumante é inigualável. Dá a qualquer bebida um porte nobre, digno dos mais requintados salões, saborosíssimo mas discreto.
É esta a base de outro cocktail fenomenal, a sangria branca, cuja receita tenho de re-escrever a partir de outras que já juntei e que rapidamente aqui postarei. Sendo um incondicional da sangria tinta (que não é, como já disse, um cocktail mas sim um
punch) esta experiência com a sangria de espumante foi uma muito agradável surpresa.
Obrigado pela receita Raposa, ficou a fazer parte do meu livrinho das receitas-para-fazer-sempre.