Deita-se um fio de ouro
Que cubra o fundo do tacho.
Nela se frege a cebola
O louro, um dente de alho.
Deitam-se os fungos cortados.
Enquanto eles lentamente
Nos dão de si todo o gosto
Ponho água e tempero a gosto
E, quando ferve, acrescento
O arroz, em pé-de-vento,
Com a branda colher de lenho
Sob a tampa, a cozedura
Exala um tal aroma
Que até a alma perfuma!
Fonte: Maria Petronilho