No dia a seguir à matança faz-se a banha. Põem-se as banhas de porco cortadas aos bocados e temperadas de sal, numa frigideira. Vai ao lume aquecendo lentamente, de maneira que a banha não pegue e mexendo sempre. Quando a gordura começar a derreter cada vez mais, vão-se tirando conchadas para dentro de tigelas ou potes de barro. Depois de bem sequinhos, os pedaços fritos tiram-se para uma travessa. Metem-se na frigideira onde ainda há gordura líquida, bocadinhos de entrecosto, tiras de toucinho da lentrisca, bocados de lombinho, umas assaduras e os rins depois de abertos e limpos. Frito tudo isto, coloca-se numa travessa a arrefecer. Uma parte é comida logo e a outra é guardada em potes de barro ou tigelas onde se despejou a banha líquida e assim são conservados para virem a ser comidos passado bastante tempo, ou no farnel dos caçadores, ou servindo de mata-bicho (pequeno-almoço) a quem trabalha no duro.
Fonte: melzinha