Primeiro descascam-se os alhos, esborrachando-os ao de leve. A maioria dos meus queridos leitores já deve ter tomado contacto com aquela técnica que consiste em encostar o lado de uma faca ao dente de alho e dar uma pancada. Pois bem, é disso que se trata, só que eu utilizei uma pedra, um belo calhau de granito ligeiramente rolado que encontrei certa vez numa margem do Côa e que tão útil tem sido para os mais variados fins... Adiante.
Põem-se então os alhos a alourar em lume forte num tacho baixo e largo onde previamente se pôs uma colher de sopa bem cheia de banha.
Quando estiverem dourados, adicionam-se as folhas de louro, partidas ao meio.
Depois, quando o tacho estiver mesmo muito quente — por analogia com o que se passa numa chapa, para selar a carne — juntam-se as costeletas, que se escaldam muito brevemente de ambos os lados e só depois se salgam. Deixam-se dourar dos dois lados.
Depois deita-se 1dl de bom vinho tinto e cerca de 5cl de whisky dentro do tacho, destapado, e sempre com o lume no máximo, de forma a facilitar a evaporação do álcool. Este é um passo rápido, uma vez que o molho em questão, para além de não estar presente em grande volume, é bastante alcoólico e encontrar-se-á muito quente. Evaporado o álcool (e não o molho todo, atenção!), apaga-se o lume.
Uma vez descascadas, cortam-se as cebolas em quartos que se fatiam para dentro de um recipiente de ir ao forno algo fundo: um caçoilo de barro talvez seja o ideal. Depois salga-se um pouco.
E transferem-se as costeletas para cima da recém-feita "cama" de cebola temperada de sal.
Cobre-se então o conjunto com o molho das costeletas, o azeite picante e a restante colher de sopa de banha, esta distribuída em pequenas nozes por cima da carne.
Vai ao forno durante 30 ou 40 minutos a 220ºC, se possível sem utilizar a resistência de cima.
Comi-as com arroz frito em azeite.